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domingo, 6 de novembro de 2016

O SONHO DE OSMAN E A ÁRVORE OTOMANA


O Império Otomano foi um estado turco e existiu entre 1299 e 1922. Iniciou-se no oeste da Anatólia e era governada pela dinastia Otomana (Osmanh). Sua capital era a cidade de Constantinopla, tomada do Império Bizantino em 1453.

Foram os grandes rivais das potências europeias entre o período das Grandes Navegações até o século XIX, quando entrou em decadência, que culminaria com seu fim, na I Guerra Mundial. Por diversas vezes ameaçaram as fronteiras europeias e lá deixaram sua herança cultural, em regiões como Iugoslávia e Turquia.   

No seu auge compreendia a Anatólia, o Médio Oriente, norte da África e sudeste europeu. Essa época de ouro ocorreu durante o Califado de Suleyman, o Magnífico. Seus exércitos chegaram às portas de Viena, em 1517. Seu império se estendia do Atlântico ao Índico. Do norte do Sudão ao sul da Rússia.
Sobre seu nascimento, conta-se uma lenda turca conhecida como “O Sonho de Osman”: Osman, quando jovem, sonhou com a visão de um império, que era uma grande árvore, cujas raízes se estendiam por três continentes e seus ramos cobriam os céus. Esta árvore alcançava quatro rios, o Tigre, O Eufrates, O Nilo e o Danúbio.  Esta árvore fazia sombra sobre quatro cadeias de montanhas, o Cáucaso, o Tauro, o Atlas e os Bálcãs.

Osman I foi um governante forte que, porém, também teve a imagem de justo – ser bom como Osman era um elogio. Também criou instituições locais que lidavam bem com problemas relacionados a minorias.

O status de império foi consolidado com a conquista de Constantinopla. Tais conquistas foram orientadas pela disciplina e inovação do exército otomano. Sobre o mar, a marinha bloqueou rotas comerciais marítimas, em concorrência com as cidades-estado italianas no mar Negro, mar Egeu e no Mediterrâneo. O estado prosperou com o controle das rotas comerciais de maior tráfego, ligando Europa e Ásia. Este bloqueio foi o que motivou os reis ibéricos a se lançarem às Grandes Navegações.

A marinha portuguesa passou a representar um desafio à marinha otomana no Golfo Pérsico, no Índico e nas ilhas das especiarias, na Indonésia.



Rubem L. de F. Auto   

Fonte: livro "Império Otomano: O Khan do Século XVI".

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