O Império Otomano foi um estado
turco e existiu entre 1299 e 1922. Iniciou-se no oeste da Anatólia e era
governada pela dinastia Otomana (Osmanh). Sua capital era a cidade de
Constantinopla, tomada do Império Bizantino em 1453.
Foram os grandes rivais das
potências europeias entre o período das Grandes Navegações até o século XIX,
quando entrou em decadência, que culminaria com seu fim, na I Guerra Mundial.
Por diversas vezes ameaçaram as fronteiras europeias e lá deixaram sua herança
cultural, em regiões como Iugoslávia e Turquia.
No seu auge compreendia a Anatólia,
o Médio Oriente, norte da África e sudeste europeu. Essa época de ouro ocorreu
durante o Califado de Suleyman, o Magnífico. Seus exércitos chegaram às portas
de Viena, em 1517. Seu império se estendia do Atlântico ao Índico. Do norte do
Sudão ao sul da Rússia.
Sobre seu nascimento, conta-se
uma lenda turca conhecida como “O Sonho de Osman”: Osman, quando jovem, sonhou
com a visão de um império, que era uma grande árvore, cujas raízes se estendiam
por três continentes e seus ramos cobriam os céus. Esta árvore alcançava quatro
rios, o Tigre, O Eufrates, O Nilo e o Danúbio. Esta árvore fazia sombra sobre quatro cadeias
de montanhas, o Cáucaso, o Tauro, o Atlas e os Bálcãs.
Osman I foi um governante forte
que, porém, também teve a imagem de justo – ser bom como Osman era um elogio.
Também criou instituições locais que lidavam bem com problemas relacionados a
minorias.
O status de império foi
consolidado com a conquista de Constantinopla. Tais conquistas foram orientadas
pela disciplina e inovação do exército otomano. Sobre o mar, a marinha bloqueou
rotas comerciais marítimas, em concorrência com as cidades-estado italianas no
mar Negro, mar Egeu e no Mediterrâneo. O estado prosperou com o controle das
rotas comerciais de maior tráfego, ligando Europa e Ásia. Este bloqueio foi o
que motivou os reis ibéricos a se lançarem às Grandes Navegações.
A marinha portuguesa passou a
representar um desafio à marinha otomana no Golfo Pérsico, no Índico e nas
ilhas das especiarias, na Indonésia.
Rubem L. de F. Auto
Fonte: livro "Império Otomano: O Khan do Século XVI".
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