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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

HOMENS MUTANTES IMUNES À AIDS: ISSO SERIA POSSÍVEL?


O vírus HIV, causador da síndrome da AIDS, já vem há muitas décadas preocupando e fazendo vítimas em todo o mundo. Como uma doença grave e incurável até o momento, já foi apontada até como provável futura causa de extermínio da humanidade ou outros argumentos com o mesmo nível d dramaticidade.
Mas o fato é: até o momento, o HIV não atingiu níveis epidêmicos. Mas não custa fazer um pequeno exercício de imaginação: e se isso tivesse acontecido?

Sabe-se que uma pequena porcentagem de pessoas no mundo é imune à doença. Bom, se o cenário catastrófico imaginado ocorresse, essas pessoas poderiam evoluir numa nova espécie humana. E para tanto existe apenas uma barreira: a sexual.

Caso uma pessoa imune ao HIV, porém infectada, tenha um filho com um não portador, haveria uma enorme probabilidade de que o eventual filho nascesse com a doença. Certamente morreria logo. Para as pessoas imunes, fazer sexo com pessoas não imunes poderia levar a humanidade ao extermínio. Lembrando: pessoas imunes que contraíram a doença num cenário de epidemia planetária de AIDS.

Com o tempo, surgiria um tipo de especificação que criaria barreiras sexuais intransponíveis entre pessoas imunes e não imunes. Para completar o cenário: o HIV é um retrovírus. Portanto ele seria capaz de inserir seu próprio DNA nos seres humanos imunes ao HIV, unindo os dois genomas – outros vírus fazem e já fizeram isso em nós.

Na geração seguinte, os descendentes contariam com esse genoma “atualizado”, nascendo imunes a uma doença que teria causado uma tragédia épica alguns anos antes ...

Uma breve observação: alguns pesquisadores creditam aos vírus a criação do nosso DNA, a partir do RNA, há alguns bilhões de anos. Também creem que esses vírus criam novos DNA, até hoje.

No século XIX, cientistas descobriram que cavalos da cavalaria do Exército alemão, na cidade de Borna, haviam sido infectados. Após a infecção, agiam de maneira suicida, até se matarem. Esse vírus foram batizados de “bornavírus” e hoje se sabe que podem infectar seres humanos, atingindo os neurônios, e podem ser repassadas geneticamente aos descendentes.  Esse processo só exige que o bornavírus insira seu DNA em nosso genoma. E nossos DNA móvel faz isso com muita facilidade.

Provavelmente, avanços evolutivos humanos contaram com processos semelhantes a esse para que ocorressem: a placenta pode ter sido produto de aquisição de DNA de bornavírus. Acredita-se que o fato de viver em células do ouvido possa estar ligado a habilidades auditivas que tenhamos desenvolvido.

O processo teria sido o mesmo que levou os Toxo, vírus evoluídos para infectar gatos, infectasse também seres humanos e fosse capaz de influenciar nosso comportamento, produzindo dopamina e nos levando a situações arriscadas.

Sendo passado de um ser humano para outro via sexual, os bornavírus pode trazer DNA de alguma maneira benéfico a seres humanos. Conclusão necessária: as DST (doenças sexualmente transmissíveis) de alguma maneira estão ligadas à nossa evolução. Qualidades geniais podem ter sido transmitidas ao longo das gerações por via sexual. Se filho em filho evoluímos a partir dos macacos ...


De acordo com o virologista Luis Vallareal: “É nossa incapacidade de entender os vírus, em especial os vírus silenciosos, que limita a compreensão do papel que eles desempenham em toda a vida. Só agora, na era dos genomas, podemos ver com clareza suas marcas onipresentes nos genomas de toda vida.”


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro "O polegar do violinista"

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