Com o desmantelamento do proto-sistema comercial, que
alcançava boa parte do Mediterrâneo, desfez-se o sistema de trocas que levavam
estanho a diversas cidades. Com isso, exércitos ficaram sem suas armas e
armaduras de bronze.
No entanto, por volta de 1050 a.C., os engenhosos metalúrgicos
do Chipre encontraram a solução para a escassez de bronze. Eles já tinham
conhecimento prévio de como trabalhar o ferro. Este é mais abundante que o
estanho, embora menos nobre e mais difícil de trabalhar.
O processo de forja incluiu o acréscimo de carbono. Logo desvendaram
a fabricação de armas e de ferramentas resistentes. Na verdade, eram inferiores
às de bronze, mas bem mais baratas.
Pode-se fazer o paralelo entre espadas de ferro e fuzis
AK-47, como agentes democratizadores da violência.
Por volta de 900 a.C., criadores de cavalos localizados no
que é hoje a Ucrânia, desenvolveram raças tão fortes e grandes que se podia
montar em suas costas e cavalgar um dia inteiro. Criaram-se, após, rédeas e
freios para controlá-los. Não criaram estribos, mas usavam a técnica de
cavalgar com os joelhos apoiados, além de conseguirem cavalgar e atirar flechas
ao mesmo tempo.
Com a nova arma de guerra, mulheres passaram a lutar, dando
origem às lendas acerca de amazonas.
Rapidamente, Assíria, China e diversos outros reinos e
impérios perceberam a utilidade das cavalarias – além do preço. Cavaleiros
nômades eram importados para exércitos os mais diversos.
Espadas de ferro, cotas de malhas de ferro e pontas de
lança, também de ferro, fizeram as guerras serem tão baratas que os carros de
guerra terminariam em desuso, dando espaço às cavalarias.
Os campos de batalha agora ficavam entulhados de soldados de
infantaria, a pé, além da cavalaria.
Rubem L. de F. Auto
Fonte: livro “Guerra: o horror da guerra e seu legado para a
humanidade”.
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