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terça-feira, 28 de março de 2017

BABILÔNIA DE TODOS OS IDIOMAS


Nascida como capital da Suméria, a cidade de Babilônia cresceu até se tornar uma civilização de cultura distinta, fundamental em dado período da história da humanidade. Foi marcante na sua história, a construção dos Jardins Suspensos, a mando do rei Nabucodonosor II (632-562 a.C.). O auge daquela civilização se deu sob Hammurabi, o Grande, que governou entre 1780 e 1750 a.C., quando se tornou a principal potência mesopotâmica.

A cidade de Babilônia situava-se às margens do rio Eufrates, junto às famosas povoações de Uruk, Larsa e Ur. Após a conquista desta última, a Babilônia passou por um período de desenvolvimento de 150 anos. Após esse período de ascensão, povos hititas invadiram a região, relegando os babilônios a 100 anos de estagnação e pobreza.

O período seguinte marcou a ascensão da Assíria como nova potência da região, cuja história foi inaugurada pelos antigos sumérios.

A história da Babilônia começou com a antiga cidade de Agadé. O período de conquistas foi inaugurado por Sargão, o Antigo. Com este, conquistaram a cidade de Lagash, a primeira da série impressionante de anexações.

Nabucodonor adquiriu fama mais duradoura em razão das diversas referências a ele feitas na Bíblia. A má fama por ele adquirida nos textos sagrados se deve à conquista de Jerusalém, em 586 a.C. Após a destruição da cidade, os judeus que lá habitavam foram condenados ao exílio.

Outra passagem imortal na história dos Babilônios foi a construção da Torre de Babel, fruto da ambição dos seus governantes. Conta-se que os governantes da Babilônia decidiram que os habitantes da região, que falavam o mesmo idioma, deveriam viver no mesmo espaço físico. Então mandaram erguer uma enorme torre, que também fortaleceria o poder central.

Mas, segundo a lenda, Deus não aceitou tamanha ambição de poder. Era desejo Dele que a humanidade se disseminasse pelo planeta, dando origem a novas nações e civilizações. A Torre foi levada adiante por Nimrod. Os habitantes se revoltaram contra aquele confinamento e se espalharam pelo mundo, como desejava Deus.

Os babilônios fizeram progressos também nas ciências. Na matemática, criaram um sistema de contagem baseado no número 60. Daí surgiu a contagem atual das horas .

O historiador antigo Bérose escreveu a obra “Antiguidades Babilônicas” no século III a.C. Ele escreveu que “durante o primeiro ano do mundo, surgiu, saindo do mar da Eritréia, na parte que confina com a Babilônia, um animal dotado de razão, a quem chamaram Oannès. (...) Este monstro tinha um corpo feito de peixe, mas, por debaixo de sua cabeça de peixe, tinha uma segunda cabeça, que era a de um homem, pés igualmente humanos, que saíam da cauda e uma voz humana; a sua imagem ainda hoje em dia se conserva. O animal em questão passava todo o dia entre os homens, sem comer qualquer alimento, ensinando-lhes as letras, as ciências e os princípios de todas as artes, as regras das fundações das cidades, da construção dos templos, da medida e da delimitação das terras, as sementeiras e as colheitas, enfim, o conjunto de tudo aquilo que suaviza os costumes e constitui a civilização, de tal modo que, desde então, ninguém mais inventou fosse o que fosse de novo. Depois, ao pôr-do-sol, este monstruoso Oannès voltava para o mar e passava a noite na imensidão das vagas, pois era anfíbio.”

Ainda segundo o mesmo autor, este misterioso animal redigiu um tratado sobre a origem das coisas, entregando-o posteriormente ao homem, para que pudesse compreender de onde surgiu sua raça.


Rubem L. de F. Auto


Fonte: livro “As maiores civilizações da história”

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