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segunda-feira, 27 de março de 2017

O POVO HEBREU: TESTEMUNHAS DA HISTÓRIA


De acordo com o Antigo Testamento, os hebreus tiveram como primeiro líder Abraão, cuja comprovação histórica tem sido tentada ao longo dos anos, não apenas tendo como suporte os relatos do pregador fenício Ovídio (43-17 a.C.), como também mediante alguns elementos arqueológicos que datam a sua presença na Babilônia em torno do ano 2000 a.C.

Seja como for, pensa-se que Abraão seria um pastor da zona de Ur, na antiga Suméria, que viajou, em primeiro lugar, para a Síria e posteriormente para Canaã (atual Palestina), onde veio a se estabelecer.
A Bíblia cita que viveu por 175 anos, tendo Ismael e Isaac entre seus filhos. Ainda assim, É Jacob, seu neto, pai de 12 crianças,que vem a lhe suceder em termos mediáticos, visto que o mito consubstancia a criação das 12 tribos de Israel por cada um dos seus filhos. Terá, então, sido Jacob a levar os hebreus em segurança para o Egito, de onde apena viriam a sair quando Moisés, da tribo de Levi, foi escolhido para libertar o seu povo.

A partir de dado momento, adotam os hebreus o regime de governo monarquista, influenciados em grande parte pelo perigo representado pelos Filisteus.

Dentro do povo hebreu, durante muito tempo houve uma divisão entre duas facções: uma conservadora e uma popular, esta representada pela figura de Saul, considerado o primeiro rei hebraico.

O reinado de Saul dominava famílias e tribos de raiz social comum. No entanto, administração sólida e fronteiras bem definidas somente surgiram com seu sucessor, o rei Davi. Seu sucessor Salomão solidificou ainda mais o poder constituído.

O reinado de Salomão foi marcado por pôr a cidade de Jerusalém como capital do reino e centro político e religioso. Salomão também dividiu o território em 12 distritos.

A partir de 1020 a.C. estes hebreus, que comumente se definem como israelitas, começaram a prosperar, mediante a gestão de figuras como os já citados reis Saul (1095-1055 a.C.), o fenomenal rei David (por volta de 1050 a.C.) e, obviamente, Salomão.

Aos poucos, os hebreus estabeleceram relações comerciais com o Egito, podendo assim acumular riquezas.
Em 721 a.C., os Assírios capturaram Israel e, depois, a cidade de Judá, levando a que os hebreus se vissem forçados a espalhar-se em várias direções. Muitos deles tornaram-se escravos.

Nabucodonosor, líder babilônico, esmagou a resistência ainda existente em 587 a.C., fazendo-os escravos. A esta passagem chamamos “diáspora”. Crê-se que grande parte do Antigo Testamento tenha sido escrita nesse período.

Os hebreus, que viriam a ser conhecidos mais tarde como judeus, eram integrados por um grupo dissidente chamado de “essênios”. Entre 150 a.C. e 70 d.C., esses elementos viveram em comunidade, guiados pelos ensinamentos de Moisés. Entretanto. Esse grupo somente foi descrito por Flávio Josefo, historiador romano. Não há registros bíblicos.

Seja como for, Flávio os caracterizou como um grupo separatista, vivendo quase que isolados no meio do deserto. Vestiam-se de branco, eram vegetarianos, tomavam banhos antes das refeições e repudiavam o casamento.

Destacou-se entre os “essênios” a comunidade de Quram, localizada a noroeste do Mar Morto, distante 12 quilômetros de Jericó. Eles escreveram os instigantes Manuscritos do Mar Morto. Historiadores classificam essa comunidade como precursora do cristianismo. Os hábitos relacionados ao banho poderiam estar associados ao batismo cristão, como os rituais de São João Batista no rio Jordão, que passa por Quram.

Diametralmente oposto ao grupo supra, existiram os “edomitas”. Eles eram em geral chamados de inimigos – referência que se encontra no Antigo Testamento. Destacavam-se pela atividade comercial e pela metalurgia. Habitavam povoados localizados na atual Jordânia. Sem dúvidas, não eram apenas uma simples tribo de pastores.


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “As maiores civilizações da história”

   

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