Ao se discutirem episódios do passado clássico, seus
governos, batalhas e inovações, tem-se a curiosidade natural de saber como
viviam aquelas pessoas, qual o nível de riqueza de que usufruíam e, especialmente,
o que teriam se comprados com as sociedades modernas.
Por volta de 83 d.C., os romanos enfrentavam a batalha do
monte Graupius, sob o comando de Agrícola. Naquela época, estima-se que o
desenvolvimento social romano era comparado àquele de que dispunham os europeus
do século XVIII.
A China da dinastia Han ficava um pouco atrás, por volta do
nível europeu no século XVI. Os indianos do Império Máuria usufruíam de um
desenvolvimento social equivalente aos dos europeus no século XV.
A imensa crise que se abateu sobre a Europa, após o fim do
império Romano foi o responsável por garantir um declínio econômico, seguido
por uma lenta retomada, que somente permitiu àquelas sociedades verem algum
sinal de riqueza e de cultura mais de mil anos após o fim da última civilização
clássica. Depois disso, a Idade das Trevas, caracterizada por um cristianismo
sufocante e por toda uma ignorância obtusa que mantinha reis inúteis e
incompetentes no comando.
Esse cenário trágico se repetiu na China e na Índia, quase
simultaneamente.
Rubem L. de F. Auto
Fonte: livro “Guerra: o horror da guerra e seu legado para a
humanidade”.
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