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quarta-feira, 29 de março de 2017

FENÍCIOS: FEITOS DE MAR E DE COMÉRCIO


Existem muitos mitos relacionados à civilização fenícia. Um deles fala de uma ilha que teriam colonizado chamada Brasil. Mas trata-se pura e simplesmente de rumor não confirmado.

Os fenícios viveram na atual Líbia. Diferente das demais civilizações, não demonstraram interesse pela expansão territorial, mas por estabelecer feitorias e entrepostos comerciais, por meio das quais exploravam as riquezas locais.

Como não usavam rotas terrestres, não enfrentavam os perigos das mesmas e ainda puderam desenvolver grande capacidade comercial. Estiveram presentes no Egito, Grécia e norte da África. Outra região onde curiosamente estiveram foi o Algarve, no sul de Portugal. Eram os senhores incontestes dos mares.

Os principais rivais dos fenícios foram os gregos, contra os quais guerrearam, contudo também deles absorveram diversas riquezas culturais, que serviram de amálgama da sua própria cultura.

Pesquisas acerca da cultura fenícia esbarram em um obstáculo importante: sua escrita era cuneiforme, porém lapidada em pedra, o que prejudicou sua sobrevivência no decorrer dos séculos.

Eram famosos seus tecidos multicolores, púrpura e pelo alfabeto e, claro, pelas trocas comerciais com o Oriente. Objetos de luxo incrustados com marfim circularam por todo o Médio Oriente. Os Fenícios conectavam o Egito, a Síria, o sul da Turquia, Chipre e mar Egeu.

Seus principais portos foram Sídon, Biblos, Beirute e Tiro, a mais famosa das cidades fenícias. Relatos indicam que o rei Hiram manteve bons relacionamento com Salomão.

A mais relevante das colônias fenícias foi, indubitavelmente, Cartago, localizada no norte da África, que somente entra em declínio após a ascensão de Roma.

No campo religioso, Baal, deus guerreiro e relacionado à fertilidade, tornou-se um dos mais estudados da antiguidade. Seu templo era o Salambo Tophet, erguido por volta de 700 a.C. O profeta Elias, no speculo IX a.C., evidentemente antipático a deuses que considerava pagãos, criticou o rei Acabe por sua adoração a Baal.

Outra divindade fenícia se chamava Adonis, apropriado da cultura grega, reconhecido por sua beleza, tornou-se o deus da Primavera.   


Rubem L. de F. Auto


Fonte: livro “As maiores civilizações da história”

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