Existem muitos mitos relacionados à civilização fenícia. Um
deles fala de uma ilha que teriam colonizado chamada Brasil. Mas trata-se pura
e simplesmente de rumor não confirmado.
Os fenícios viveram na atual Líbia. Diferente das demais
civilizações, não demonstraram interesse pela expansão territorial, mas por
estabelecer feitorias e entrepostos comerciais, por meio das quais exploravam
as riquezas locais.
Como não usavam rotas terrestres, não enfrentavam os perigos
das mesmas e ainda puderam desenvolver grande capacidade comercial. Estiveram
presentes no Egito, Grécia e norte da África. Outra região onde curiosamente
estiveram foi o Algarve, no sul de Portugal. Eram os senhores incontestes dos
mares.
Os principais rivais dos fenícios foram os gregos, contra os
quais guerrearam, contudo também deles absorveram diversas riquezas culturais, que
serviram de amálgama da sua própria cultura.
Pesquisas acerca da cultura fenícia esbarram em um obstáculo
importante: sua escrita era cuneiforme, porém lapidada em pedra, o que prejudicou
sua sobrevivência no decorrer dos séculos.
Eram famosos seus tecidos multicolores, púrpura e pelo
alfabeto e, claro, pelas trocas comerciais com o Oriente. Objetos de luxo incrustados
com marfim circularam por todo o Médio Oriente. Os Fenícios conectavam o Egito,
a Síria, o sul da Turquia, Chipre e mar Egeu.
Seus principais portos foram Sídon, Biblos, Beirute e Tiro,
a mais famosa das cidades fenícias. Relatos indicam que o rei Hiram manteve
bons relacionamento com Salomão.
A mais relevante das colônias fenícias foi,
indubitavelmente, Cartago, localizada no norte da África, que somente entra em
declínio após a ascensão de Roma.
No campo religioso, Baal, deus guerreiro e relacionado à
fertilidade, tornou-se um dos mais estudados da antiguidade. Seu templo era o Salambo
Tophet, erguido por volta de 700 a.C. O profeta Elias, no speculo IX a.C., evidentemente
antipático a deuses que considerava pagãos, criticou o rei Acabe por sua
adoração a Baal.
Outra divindade fenícia se chamava Adonis, apropriado da
cultura grega, reconhecido por sua beleza, tornou-se o deus da Primavera.
Rubem L. de F. Auto
Fonte: livro “As maiores civilizações da história”
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