Cientistas alemães também trabalharam em diversas pesquisas
envolvendo aviões e aerodinâmica, durante os anos de guerra, esperando criar projetos
capazes de pôr um fim aos conflitos, em favor do III Reich.
Enquanto que os Aliados eram capazes de produzir alguns
excelentes aviões a hélice, como os Mustang P-51, Lightning P-38 e Spitfires
Supermarine, os alemães lideraram em projetos relacionados a aviões a jato e bombardeios
“planadores”.
Segundo os cientistas da RAE – British Royal Air
Establishment -, após verem aviões a jato do III Reich que conseguiram
capturar: “Percebemos em poucos minutos que nosso programa inteiro de
desenvolvimento de aviões já estava ultrapassado.”
Nos estertores da guerra, o esforço dos alemães para desenvolverem
aviões melhores levou ao desenvolvimento de projetos excelentes. Isso foi
atestado após o conflito, quando as instalações foram ocupadas e os projetos se
tornaram conhecidos pelos inimigos. A compreensão foi de que esse programa
representava um perigo muito grande para os inimigos. Possuindo aviões rápidos
e mortais, equipados com jatos, um pequeno atraso na vitória aliada poderia ter
levado a uma derrota dos aliados.
Os alemães desenvolveram uma profusão de desenhos, alguns
intrigantemente bizarros, mas que eram, no entanto, os antecessores de
praticamente todos os aviões avançados fabricados após a II Guerra Mundial.
Enquanto os motivos para tais avanços pareçam opacos à
primeira vista, as vantagens científicas dos alemães sobre os americanos,
ingleses e russos resultaram, na verdade, de causas bastante claras. As outras
nações gastaram bem menos em seus programas científicos, e em alguns casos os negligenciaram
completamente, como mostrado pelo caso de Robert Goddard e seu foguete pioneiro.
Além de perseguirem objetivos muito mais modestos do que a contraparte alemã.
O III Reich também possuía um programa de armas nucleares,
mas a Alemanha proveu muito poucos recursos para tanto. Como resultado, nunca
foi além do amadorismo, algo inútil frente aos demais, fomentados e promovidos
com sucesso, como o programa aeronáutico e o de foguetes.
De fato, o Projeto Manhattan foi bem sucedido ao dar à
América a primeira bomba atômica devido ao fato de que o governo dos EUA retirou
todos os obstáculos que eventualmente poderiam ser postos em seu caminho.
Voltando ao programa aeronáutico. Os cientistas do III Reich
cultivavam antes de tudo o amor pelo que faziam. Mesmo com a destruição de
instalações do governo, eles permaneciam submetendo novos projetos e desenhos
às autoridades. Um dos últimos projetos submetidos à Luftwaffe (força aérea
alemã) foi produto da equipe do professor Heinrich Hertel. O modelo, semelhante
a um aeroplano, utilizava quatro turbinas e 168 pés de eixo das asas. A
velocidade máxima era de 640 milhas por hora e atingia distâncias de 11 mil
milhas. Poderia transportar até 17.632 lbs de bombas dentro.
Ciente de que a derrota alemã era algo iminente, e, por
outro lado, igualmente ciente da importância que tais feitos poderiam ter para
a humanidade, Hertel também incluiu uma versão civil de tais aviões, capazes de
realizar viagens transatlânticas.
Algo útil para quando a guerra acabasse, e os ânimos se
restabelecessem após os desentendimentos passageiros que afligem as relações
humanas...
Rubem L. de F. Auto
Fonte: livro “O tempo que o tempo tem: por que o ano tem 12
meses e outras curiosidades...”
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