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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O CALENDÁRIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA – ACEITAMOS SUGESTÕES

O calendário de Revolução Francesa foi uma tentativa de reformar o calendário vigente. Vigorou de 1792 a 1805.

O requisito do novo calendário era que, basicamente, não deveria se subordinar a qualquer prática religiosa.

O ano “revolucionário” tinha 365 dias. Quando os astrônomos deliberavam, 366. O calendário se assemelhava ao dos egípcios: ano dividido em 12 meses de 30 dias. Ao fim do ano, mais cinco dias epagômenos (não pertenciam a qualquer mês). Foram consagrados à virtude, ao gênio, ao trabalho, à opinião e à recompensa. Quando necessário, acrescentava-se mais um dia epagômeno.

O ano começava à meia-noite do ano civil, tempo médio de Paris, quando ocorria o equinócio de outono (início do outono). O primeiro ano “revolucionário” se estendeu do dia 23 de setembro de 1792 até 22 de setembro de 1793.

O novo calendário também trazia novos nomes para os meses. Os nomes faziam referência a fenômenos naturais comuns naquele período. Os nomes eram: vendemiário, brumário, frimário, nevoso, pluvioso, ventoso, germinal, floreal, praiarial, messidor, termidor e frutidor.

As semanas seguiam o sistema decimal (semanas de 10 dias). Os meses foram divididos em 3 grupos de 10 dias cada – menção ao calendário grego antigo. Cada grupo de dez dias se chamava década.

Os nomes das semanas eram: primidi, duodi, tridi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi.

O cálculo das horas também procurava usar múltiplos de 10. O dia foi dividido em 10 partes – equivalente às horas -, que eram divididas em 10 partes, e assim sucessivamente, enquanto o número fosse mensurável. Um centésimo de uma hora era um minuto decimal.

Esse sistema não evoluiu porque os relojoeiros  o rejeitaram... Imagine o trabalho que teriam! De fato, chegou-se a tentar um mostrador que juntava os dois tipos de marcadores. Mas, de qualquer forma, as pessoas tendem a rejeitar mudanças bruscas, e essa mudança mudaria muitos costumes arraigados.


Rubem L. de F. Auto


Fonte: livro “O tempo que o tempo tem: por que o ano tem 12 meses e outras curiosidades...”

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