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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

DO BICHO À MÁFIA: COMO TORTURADORES E BICHEIROS MOLDARAM O CRIME ORGANIZADO NO RIO DE JANEIRO – PARTE 14


O coronel Dalton Roberto de Melo Franco foi desligado do Exército em 1996. Seu crime foi implodir um monumento inaugurado em 1989, em frente à CSN, em homenagem a três operários mortos durante a invasão à companhia por tropas do Exército e, novembro de 1988.

A implosão ocorreu menos de 24 hortas após a inauguração.

O coronel foi acusado de desvio de armas e sofreu perseguição interna, até seu desligamento. No entanto, sempre repetia que agira a mando de seus superiores, e que se recusara por diversas vezes a cumprir aquelas ordens.

Cerca de três anos depois, em entrevista, o ex-coronel revelou que os explosivos era de origem civil. Foram conseguidos por meio de bicheiros da Baixada: Anísio e Castor. 20 quilos de explosivo plástico puseram abaixo a obra projetada por Niemeyer.

As dinamites teriam saído de pedreiras. O intermediário, na verdade, teria sido Paulo Andrade, filho de Castor, além de Anísio.

O monumento seria reerguido. Anos depois, no governo Fernando Henrique, seria criado o Ministério da Defesa, submetendo as três Forças ao poder civil.

Dalton recorreu da decisão, mas foi derrotado. Morreu em 2013. Os bicheiros, mais uma vez, não foram incomodados.

(Continua!)


Rubem L. de F. Auto


Fonte: livro “Os porões da contravenção”

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