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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

VLAD PUTIN, O GRANDE: UMA BREVE BIOGRAFIA – PARTE 6




Com o enfraquecimento da Rússia, o caminho estava livre para a OTAN e seus movimentos em direção ao leste. Durante os anos 1990, a Iugoslavia foi subjugada por pesados bombardeios.

Yeltsin e sua Rússia empobrecida e desmoralizada eram incapazes de agir preventivamente. A ex-Iugoslavia foi então esmigalhada em Estados antes unidos sob uma soberania: Croácia, Sérvia, Kosovo, Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Eslovênia e Macedônia.

Os ex-aliados da Rússia se tornariam, assim, potenciais inimigos no futuro.

Mais uma vez, toda a desgraça a afligir a Rússia parecia pouca. Uma guerrilha ao estilo afegão estourou na região da Chechenia. As coisas iam de mal a pior.

Em 1999, Polônia, Hungria e República Tcheca foram engolidos pela OTAN, em meio a polêmicas e discussões, além de objeções russas.

Fazia parte dos planos de Brzezinski a instalação de várias bases americanas, cercando tanto a Rússia como a China. Além disso, poucos anos após os escritos de Brzezinski, um grupo de agressivos neo-conservadores (isto é, aqueles que põem os interesses de Israel acima de tudo, inclusive mesmo sobre os interesses dos EUA) publicaram um estudo similar. Um relatório intitulado “Reconstruindo as defesas da América”, o estudo conhecido como “O projeto para o novo século americano” – PNAC, em inglês – abertamente requeria que a América dominasse o Oriente Médio e que derrubasse o governo do Iraque.

O relatório até mesmo avisava: “O processo de transformação (conquista do Oriente Médio) parece que será muito distante, a não ser que haja algum evento catastrófico e catalisador – como um novo Pearl Harbor.”

Entre as cabeças pensantes desses textos estavam William Kristol, Donald Rumsfeld, Dick Cheney, Paul Wolfowitz e Robert Kagan. Cada um deles ocuparia altos cargos no governo assim que o alcoólatra George W. Bush assumisse a Casa Branca, em janeiro de 2001.

Em 7 de agosto, as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia foram explodidas simultaneamente. Dos 223 mortos, apenas 12 eram de norte-americanos, enquanto os demais eram de africanos. Um novo vilão é apresentado ao público americano. Disseram que um bilionário saudita chamado Osama Bin Laden e sua rede de terroristas Al-Qaeda  eram responsáveis pelos ataques. Osama, que seria o “Hitler do ano”, negou seu envolvimento.

Outra coincidência fantástica: o esconderijo do Osama, sua montanha escondida, localizava-se no Afeganistão: ao sul da Rússia e no coração da Ásia Central.

Nos estertores dos anos 1990, conforme a década tumultuada chegava ao fim, a economia russa estava em frangalhos, as pessoas estavam deprimidas e desmoralizadas, uma guerra terrorista explodia na Chechenia, a OTAN se movia em direção ao leste, neo-cons dirigiam olhares ambiciosos para a Ásia Central, além de se mostrarem dispostos a conquistarem todo o Oriente Médio.

Continua!          
  

Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “The war against Putin: what the government-media complex isn`t telling you about Russia ...”

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