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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

VLAD PUTIN, O GRANDE: UMA BREVE BIOGRAFIA – PARTE 12




Ao longo destes posts, pudemos ler sobre diversas Revoltas, Conflitos e Revoluções criados para desestabilizar governos que, por uma razão ou outra, desagradavam governos mais fortes e que possuíssem interesses diversos. Pois bem, agora leremos sobre outra Revolta, a irritar bastante o Kremlin: a Revolta da Vagina!

A mídia anti-Putin propagandeava contra o governo Putin desde 2004, porém de maneira discreta. De 2004 a 2012 o movimento atingiu escala alarmante. Por volta de 2014 atingiu o patamar de histeria.

O primeiro grande ataque ocorreu em 2012, por ocasião das peripécias praticadas por membros de uma banda punk feminina chamada Pussy Riot – ou Revolta da Vagina, ou Buceta, you name it...

As garotas foram presas por “apenas” entrar numa igreja em Moscou e cantar músicas punk, em protesto contra Putin. Após uma condenação a dois anos de prisão, a comunidade internacional explodiu em indignação. Putin era chamado de tirano e de outros nomes na imprensa internacional, além de ser acusado de ter manipulado todo o julgamento em desfavor das artistas de perereca revoltosa...

As jovens acusavam a polícia de agir brutalmente, postarem fotos e vídeos na internet para provar, e acusavam Putin de ter mandado os policiais agirem daquela maneira. As imagens circularam pelo mundo todo.

Talvez por todo a repercussão, talvez por atitude deliberada do governo, os membros da banda presos ficaram curtos períodos na cadeia ou pagaram fianças, quando muito. Ah! Também foram proibidas de se aproximar de qualquer igreja.

No entanto, apesar da proibição acima citada, em fevereiro de 2012 membros da mesma banda invadiram a Catedral de Cristo o Salvador de Moscou.

Apenas para esclarecer: já foi dito que essa obra monumental de Alexandre I foi explodida pelos soviéticos, em 1931. Durante os anos 1990, entretanto, foi reconstruída da maneira mais próxima do projeto original. Desnecessário dizer a importância dessa Catedral para o povo.

Pois bem. Tal importância foi precisamente o que guiou as jovens em sua direção. As músicas encenaram um protesto obsceno voltado contra Putin e o Patriarcado Ortodoxo Kirill – este é uma espécie de Papa da Igreja Ortodoxa russa.

Ela gritavam palavras de ordem, como: “Putin é merda! Merda! A Merda do Senhor!”. Chamaram Kirill de “puta” e conclamaram Nossa Senhora a “ser feminista”.

Finalmente as garotas foram presas  condenadas pelas autoridades locais por “hooliganismo motivado por ódio à religião”. Seguiram-se mais críticas e acusações, que preenchiam as páginas dos jornais de todo o ocidente. As garotas não apenas não demonstravam uma ponta sequer de remorsos, como riam-se e se referiam jocosamente à Corte, ao longo de toda a sessão de julgamento.

Outro episódio igualmente desafiante para Putin foi a infame “Lei Anti-Gay”.

Em 2013, o fiasco das garotas do Pussy Riot deu início a um duro embate, que deliberadamente representava de maneira um tanto falsa as leis da nova Rússia, em torno da proibição da disseminação de propagandas com conteúdo homossexual, com a justificativa de proteger menores de idade.

O projeto de lei passou unanimemente pelo Parlamento.

No entanto, as notícias que cobriam a lei “anti-gay” de Putin davam a sensação de que homossexuais costumavam ser caçados e abatidos nas ruas, protegidos pelo Estado.

O efeito foi tamanho que Putin e delegados russos foram proibidos de participar da comemoração dos 150 anos do Departamento de Bombeiros de San Francisco, evento para o qual haviam sido previamente convidados, porém logo após barrados por pressão de grupos homossexuais.

Acrescente-se: os grupos homossexuais russos não foram banidos nem tornados ilegais. As palavras de Putin acerca da lei “anti-gay” foram:

“Tchaicovsky era gay – embora seja verdade que nós não o amamos por causa disso – mas ele era um grande músico e nós amamos sua música. E daí?” “Não há razão para fazer uma tempestade num copo d`água, nada terrível ou amedrontador está ocorrendo aqui em nosso país.”

Depois, acrescentou:

“Pessoas gays não têm o que temer na Rússia desde que deixem nossas crianças em paz.”

Continua!


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “The war against Putin: what the government ...”

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