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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

UM CHAMPAGNE PARA COMEMORAR! MAS, DESDE QUANDO?




Embora tendamos a crer que Champagne seja o nome de uma bebida feita de uma uva específica, de fato Champagne é o nome de uma região da França, conhecida produtora da bebida, que se aproxima bastante do Cava espanhol ou do Prosecco italiano.

Na Idade Média, os champagnes eram acinzentados e não faziam espumas. Eram razoáveis, mas bem distantes dos clássicos Bordeaux. Também não foram os priomeiros vinhos espumantes. Os criadores da tendência foram os Blanquette de Limoux, produzidos por monges beneditinos em St. Hillare.

A história do champagne como o conhecemos se inicia com Don Perignon. Em função de falhas no processo de fabricação, que ele não conseguia solucionar, seus vinhos produziam um indesejável gás. Sua frustração era tamanha que ele chamava o vinho produzido de “Le vin Du diable”. Mas a explicação do efeito era química: a região de Champagne sofre invernos rigorosos. A temporada de geadas interrompe o processo de fermentação, pelas leveduras. Isso atrasou o processo conduzido por Perignon, que deveria terminar no outono. Sua safra somente foi engarrafada em março, quando o sol reativou as leveduras, fazendo-as produzir gás carbônico dentro das garrafas.

Quando chegaram à Inglaterra, as garrafas com aquele vinho que espumante e que fazia um estampido fizeram sucesso. Em breve, até mesmo os franceses já faziam encomendas do “vin du diable”. De sinal de mau controle de qualidade, a bebida de Dom Perignon tornou-se sinônimo de momentos de comemoração, especialmente após o Duque de Orleans ser nomeado regente real e escolher essa bebida para bebericar em sua taça.

As oportunidades comerciais se apliaram sobremaneira, de forme que Nicolas Ruinart abriu sua marca de espumantes em 1729. Em 1743, Claude Moet abriu a sua própria marca.

A busca da melhor qualidade era incessante. O champagne Cristal, produzido por Louis Roederer, era produzido exclusivamente para a família real russa. 

Mas os corredores dos supermercados já expõem marcas e tipos bem mais democráticos...


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro "Um milhão de anos em um dia".
 
      

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