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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

VLAD PUTIN, O GRANDE: UMA BREVE BIOGRAFIA – PARTE 14




Outro desafio posto no caminho do governo Putin surgiu na Ucrânia. Por volta de 2010, a Revolução Laranja foi democraticamente desarticulada.

O novo Presidente, Victor Yanukovich, desejava manter boas relações com Rússia e União Europeia. Até aí tudo bem. No entanto, em novembro de 2013, Yanukovich anunciou que não desejava mais se associar à União Europeia. Em instantes, protestos ocuparam completamente a Praça Principal da cidade de Kiev, chamada Maidan. Os artefatos observados eram aqueles de sempre: bandeiras da União Europeia, banners profissionais, cartolinas escritas em inglês, mascaras de Guy Fawkes etc.

Depois desses atos, o país restou dividido. A Ucrânia Ocidental voltou-se para o Oeste, ao contrário do leste do país, mais desenvolvido, de língua preponderantemente russa e cujos laços com a Rússia pareciam impossíveis de se romperem.

Porém, em lugar algum os laços com a Rússia são mais perceptíveis do que na Península da Criméia. Como se sabe, essa região sempre foi parte integrante da Rússia, até que Khruschev resolveu realocá-la na República da Ucrânia.

O caos se instalou, em grande parte, por ação de John McCain. Em dezembro de 2013, o senador pegou o microfone e gritou a pleno pulmões aos ucranianos:

“A todos os ucranianos, a América está com você. Pessoas da Ucrânia, este é seu momento. É sobre vocês; e ninguém mais. É sobre o futuro que vocês desejam a seu país. É sobre o futuro que vocês merecem. Um futuro na Europa, um futuro de paz... O mundo livre está com vocês, a América está com vocês, eu estou com vocês.”

Por volta de março de 2014, a combinação de protestos legítimos contra o atrapalhado Yanukovich e a instigação estrangeira capitaneada por McCain, levou os protestos massivos ao ponto de ebulição.

Quando os coquetéis Molotov e as pedras começaram a voar, Yanukovich chamou a polícia. Foi o suficiente para que a imprensa internacional começasse a gritar contra o governo “fascista”. Provavelmente assustado com a situação e ao mesmo tempo sem demonstrar a menor capacidade para lidar com os protestos, Yanukovich começou uma série de concessões aos revoltosos e os partidos de oposição que a eles s juntaram.

Uma repressão policial contida, somada às concessões do presidente, levaram as manifestações a serem ainda mais agressivas, levando a ataques contra prédio públicos. Em ataques perpetrados contra a polícia, esta recuava.
Os desafetos entre ucranianos e russos são velhos de décadas. Após o Holomodor e outros episódios marcantes ocorridos entre as duas nações, a CiA percebeu ali um grupo de pessoas que poderiam ser treinadas para atuar contra o seu inimigo – de fato, inimigo comum de ambos. Na década de 1940, agentes cultivaram grupos anti-stalinistas, de voluntários que lutaram ao lado dos alemães contra Stalin.

Provavelmente por terem perdido o controle da situação, os protestos e os enfrentamentos cotidianos contra a policia levaram a algumas mortes. Consequência imediata: o governo Obama, e o próprio, ao lado da comunidade internacional, condenaram Yanokovich por matar manifestantes.

Passo seguinte, os manifestantes pediam agora a cabeça de Yanukovich. O presidente s viu obrigado a deixar o país, ao lado de sua esposa. Os manifestantes chegaram a invadir sua casa.

Assim, mais uma série de protestos levava à queda de mais um governo pró-Rússia.

Continua!


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “The war against Putin: what the government ...”

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