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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

VLAD PUTIN, O GRANDE: UMA BREVE BIOGRAFIA – PARTE 15




O presidente deposto da Ucrânia, Yanukovich, achou seu refúgio seguro em Moscou. Logo após sua chegada, outro protesto violento irrompeu em seu país. Agora, no entento, ocorreu na parte mais russófila do país, a Península da Crimeia.

Os protestos agora eram liderados por tártaros, grupo étnico minoria na Criméia. Sua reivindicação era que a região se alinhasse ao governo que assumiu Kiev, no oeste.

Obviamente os russos na Crimeia reagiram, a conflagração aumentou o tom, até que as Forças de Defesa da Crimeia restabeleceram a ordem.

Bom, as notícias nos jornais ocidentais variavam muito pouco em torno da frase “A Rússia invade a Crimeia!”

A insanamente bélica Hillary Clinton, declarou, bem ao estilo:

“Agora, se isso soa familiar, foi o que Hitler fez nos anos 1930. Todos os alemães que eram... os alemães étnicos os alemães por ascendência, que estavam em locais como Tchecoeslováquia e Romênia e outros lugares, Hitler se manteve dizendo que eles não estavam sendo tratados corretamente. Eu devo ir e proteger a minha gente, e é isso o que deixa todos nervosos.”

Como se vê, ela não se esqueceu de encaixar a “letra H” no seu discurso... Típico e eficiente.

A realidade é que não houve invasão alguma. A Crimeia é uma península ligada ao território da Ucrânia. Para chegar à Rússia, sem atravessar a Ucrânia, é necessário atravessar mais de 3 milhas pelo mar Negro – Estreito de Kerch. Portanto somente uma invasão naval (ou aérea) seria possível, o que não foi noticiado, ao menos.

Bem, após a chegada das tropas de segurança da própria Ucrânia, os tártaros dispersaram e foi o fim da revolta interna. Saldo final do conflito: 0 mortos, 0 feridos.

Uma semana depois, os habitantes da região votaram num referendo pela volta à Rússia: 97% dos votos diziam sim. Mesmo a maioria dos tártaros votaram nesse sentido.  
Obama e a União Europeia ameaçaram a Rússia após a anexação. Brasil, Argentina, Índia e China deram apoio à decisão referendada.

Os EUA voltaram a falar em instalar uma base de lançamento de mísseis na Polônia, dosi senadores americanos exigiram que a FIFA proibisse a participação da Rússia na Copa de 2014 – claro que a FIFA recusou-se a atender essa exigência descabida.

O novo representante de Washington em Kiev agora atendia pelo nome de Yulia Timoshenko, a musa da Revolução Laranja, recentemente saída da cadeia. Sua declaração: era chegada a hora de começar a matar os russos do leste e iniciar uma Guerra nuclear contra a Rússia! Essas palavras foram gravadas pelo serviço de espionagem russo equivalente à NSA yankee.

A Lady Macbeth ucraniana continuou:

“É hora de pegarmos em armas e matarmos aqueles desgraçados russos, com seu líder (Putin)... Eu estou pronta para pegar uma metralhadora e matar aquele filho da puta na cabeça.

Ucranianos devem pegar em armas contra os russos, então nem mesmo terra arrasada será deixada na Rússia. Eu espero que eu possa envolver todas as minhas conexões. E eu usarei todos os meus meios para fazer o mundo se levantar, e então não haverá um só campo de terras arrasadas na Rússia.”

Após, essas declarações foram carregadas no Youtube. Yulia confirmou que disse tudo isso acima. A repercussão preocupou os russos do leste da Ucrânia.

O motivo era muito simples: se Tymoshenko não via problemas em empreender uma matança contra os russos no leste, o que Putin pensaria de começar um banho de sangue no oeste?
Por fim, na segunda metade de 2016, o mundo discute a influência de Putin na escolha do Presidente dos EUA. 

Quantas mudanças ocorreram, não?


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “The war against Putin: what the government ...”

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