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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

VLAD PUTIN, O GRANDE: UMA BREVE BIOGRAFIA – PARTE 8




Por três meses, Vald Putin sucedeu Yeltsin. Após, em eleições especiais, em 2000, venceu com 53% dos votos.

A primeira diretiva adotada pelo ex-FSB e faixa preta de judô foi confrontar os Oligarcas. Evidentemente Putin não tinha ainda a força necessária para simplesmente esmagá-los. Portanto, era necessário jogar um pouco de xadrez primeiro.

Entre 2000 e 20004, Putin tratou de sugá-los para sua órbita, por meio de grandes acordos, que muito lhes interessava. O acordo permitia aos Oligarcas manter a maior parte de seu poder, em troca de seu apoio e alinhamento com o novo governo.

Em 2001, ocorreu o terrível ataque às Torres Gêmeas – além do DC. Repetindo o que ocorreu após a explosão das embaixadas, o presidente norte americano George Bush rapidamente acusou Bin Laden – residente no Afeganistão - pelos ataques.

De seu esconderijo, Osama emitiu um comunicado:

“Eu não estou envolvido nos ataques de 11/9 e não tinha conhecimento prévio deles. Há um governo dentro de um governo dentro dos EUA. O governo secreto deve ser indagado sobre quem realizou esses ataques.”


Em resumo: os neo-cons conseguiram seu evento “Pearl Harbor”, além das desculpas necessárias para reassumir o Grande Jogo, no Afeganistão. Os conservadores “Israel primeiro” também se debruçaram sobre os ataques, prevendo que agora poderiam invadir o Iraque, inimigo de Israel.

Embora houvesse um plano bem orquestrado para lidar com esses eventos e planejamentos, alguns sinais eram dados, vez ou outra, expondo o “rabinho” da armação. Carl Bernstein, o herói do Watergate e lenda do Washington Post, falando numa mesa redonda na MSNBC, em 2012, deixou seus colegas de queixo caído:

“Essa foi uma guerra insana que nos prejudicou economicamente, moralmente... Fomos à guerra contra um cara que não tinha nada absolutamente a ver com o 9/11. Foi apenas um pretexto. É inexplicável, e lá vamos nós ao Cheney, e lá vamos nós ao Bush, e lá vamos nós aos neo-cons judeus que desejam reconstruir o mundo. Talvez eu possa dizer isso por ser judeu. Para nos trazer algum resultado... “.

Essencialmente, os monstruosos ataques pareciam ter caído do céu tanto para a ala Brzezinski quanto para a ala neo-com Bush/Cheney da política externa do establishment americano. O público queria agora ver sangue... E eles estavam dispostos a presenteá-los com um monte disso.

Outro testemunho da insanidade neo-com foi dado pelo General Wesley Clark, ex-Comandante Aliado Supremo da OTAN na Europa. Em uma entrevista dada em 2007, Clark revelou os detalhes de uma conversa, tida em 2001, que ele teve com um dos seus ex-Generais, que tinah acesso ao gabinete de Donald Rumsfeld, Secretário de Defesa:

“Então eu voltei para vê-lo (o General) poucas semanas depois, na época em que estávamos bombardeando o Afeganistão. Eu disse, “Nós ainda vamos à guerra no Iraque?” E ele disse, “Oh, é pior que isso.” Ele pegou um pedaço de papel sobre sua mesa e disse, “Eu recebi isso antes de descer as escadas (isto é, do gabinete do Secretário) – hoje”. E disse, “Isto é um Memo que descreve como nós vamos atacar sete países em cinco anos, começando no Iraque, depois Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão e, finalizando, Irã.”

Por volta do final de 2001, a OTAN já pretendia perseguir Bin Laden no Afeganistão. Como fez inicialmente com os Oligarcas, Putin teve de lidar com mais essa farça, sem poder se opor veementemente.

Em 2003, a OTAN bombardeou e invadiu o Iraque sob o pretexto de que este possuía Armas de  Destruição em Massa. Putin, pacientemente, contestou as falsas acusações, mas, novamente, foi forçado a aceitar a guerra injusta de Bush, haja vista a fraqueza da Rússia de então.

No entanto, a Rússia já era capaz de enfrentar os terroristas chechenos. Em 2002, 40 a 50 terroristas chechenos sequestraram 850 pessoas num cinema, ameaçando matá-los caso a Rússia não retirasse suas tropas da Chechênia. Um grupo Alpha foi forçado a invadir o local com gás: todos os terroristas foram mortos, ao lado de 130 pessoas.

Em 2003, ocorreu um referendo na Chechênica, pelo qual se adotou uma Constituição que a declarava parte da Rússia. A Chechênia foi gradualmente estabilizada e redesenvolvida.

Após esses fatos, Putin voltou-se para os Oligarcas. O chefão do Petróleo e da Mídia, Khodorkovsky foi preso em outubro de 2003 e processado por fraude e evasão.

O parceiro de crimes de Khodorkovsky, Leonid Nevzlin, mais tarde fugiu para Israel. Berezovsky e Gusinsky foram exilados, ameaçado de enfrentar ações judiciais caso retorne para a Rússia. Putin recobrou controle sobre empresas subtraídas do Estado, recursos naturais, mídia e das receitas tributárias associadas a esses empreendimentos.

Em 2003, a Revolução Rosa derrubou um governo pró-Rússia na ex-República soviética da Geórgia.

Em 2004, houve outra expansão da OTAN em direção ao leste. Agora, mais ex-Repúblicas soviéticas se incluíam no organismo: Estônia, Letônia, Lituânia, Eslovênia, Eslováquia, Bulgária e Romênia.

Em março daquele ano, Putin foi reeleito com avassaladores 71% dos votos. Além dos feitos citados, sua reformas econômicas pró-mercado alcançaram resultados muito positivos.

Entre 2004 e 2005 houve a Revolução Laranja, que derrubou o governo pró-Rússia da Ucrânia.

Continua!  
  

Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “The war against Putin: what the government-media complex isn`t telling you about Russia ...”

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