"Estudiosos da droga mostram a participação do Brasil no processo para jogar na ilegalidade o hábito de fumar maconha, por exemplo. Após as Guerras do Ópio, no século XIX, houve diversos encontros entre as nações para se discutir os procedimentos que os países deveriam tomar para combater certos entorpecentes. Após as reuniões de 1909, 1911, 1912 e 1921 com nenhuma referência à maconha, em 1924, o representante brasileiro, Pedro Pernambuco Filho, afirmou que os efeitos da canábis eram piores que os do ópio em nosso país.
“O resultado disso é que a Liga das Nações condenou a maconha. Depois que a ONU foi criada houve a primeira Convenção Única de Entorpecentes em 1961, assinada por mais de 200 países colocando a Cannabis numa lista, junto com a heroína, como droga particularmente perigosa. É algo que não tem razão científica nos dias de hoje”, diz o médico Elisaldo Carlini, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), e membro do comitê de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre álcool e drogas em uma entrevista para a "Revista da Fapesp" de fevereiro de 2010, deixando claro, porém, que era contra o uso da maconha – ou qualquer outra droga – para recreação."
http://rhbn.com.br/secao/reportagem/historico-da-criminalizacao-de-drogas
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