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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

COMO FICOU O MUNDO APÓS A REPAGINADA DA II GUERRA MUNDIAL?


Finalizada a guerra contra a Alemanha, os Aliados se encontraram na cidade de Postdam, Alemanha, em 11 de julho de 1945. Decidiram que o Japão deveria oferecer rendição incondicional, mas as tropas japonesas não obedeceram à decisão em função de discordâncias internas. No mês de agosto, os EUA lançaram duas bombas atômicas, em Hiroshima e em Nagasaki. Em 15 de agosto, o Japão finalmente se rendeu.

O grande conflito revelou, a seu fim, que a Grã Bretanha não era mais a maior potência econômica ou naval do mundo. Os EUA a superaram no teatro das nações. Para conseguir fazer a Índia tomar parte no conflito do lado britânico, a GB teve de prometer a eles sua independência, após dois anos do fim do conflito. Com isso, a GB ficou desfalcada de sua colônia mais rica.

Quanto à Alemanha, esta restou dividida em duas metades, a Ocidental e a Oriental, controladas pelos Aliados e pela URSS, respectivamente. Os crimes de guerra dos nazistas foram julgados em Nuremberg e, não menos importante, a Alemanha viu-se alijada de aproximadamente 25% de seu território pré-guerra.
Em razão do enorme potencial de surgir uma III Guerra Mundial, em 24 de outubro de 1945, foi criada as Nações Unidas, agora com a participação norte-americana. Esta ficou responsável pela ocupação do Japão e de suas ex-ilhas, além da ocupação da Coréia do Sul.

A economia global também sofreu. OS EUA saíram desproporcionalmente mais fortes por a guerra não ter ocorrido em seu solo, além de ter atrasado sua entrada no conflito por anos. A economia britânica patinou por anos. A GB financiou seu esforço de guerra tomando emprestados $ 4.33 bilhões de dólares dos EUA. Os pagamentos se estenderam até 2006. A GB sozinha recebeu mais de ¼ dos recursos do Plano Marshall.
Embora tecnicamente vencedora, a GB não tinha mais recursos para manter seu império. Em vez de fazer como a França, que enterrava fortunas em guerras para manter suas ex-colônias, a GB adotou uma política de desemgajamento, de 1945 a 1965. Durante esses anos, o número de pessoas vivendo no Império britânico, porém fora da GB, foi reduzido de 700 milhões para meros 5 milhões.

Após a independência da Índia, Sri Lanka, Paquistão e Burma também se tornaram independentes. Com exceção de Burma, todos os outros aceitaram o convite para fazer parte do Commonwealth of Nations (espécie de bloco comercial que agrega ex-colônias britânicas).

O mandato britânico na Palestina apresentou o único problema que os britânicos enfrentaram: palestinos nativos e refugiados judeus reclamavam a posse da região. Em 1947, a GB anunciou que renunciaria ao mandato da Palestina no ano seguinte e deixaria à ONU a decisão final. No ano seguinte, a ONU votou por dividir a Palestina em dois Estados, árabe e judeu.

Outro caso mais espinhoso para os britânicos ocorreu na Malásia. O movimento anti-japonês tinha um novo alvo. Os britânicos restabeleceram o controle da colônia, após a II GM. Os rebeldes era especialmente comunistas  sino-malaios, o que fez com que os britânicos se aliassem aos muçulmanos, que eram maioria. Conhecido como Emergência Malaia, esta insurgência durou de 1948 a 1960. Em 1957, os britânicos se decidiram por conceder a independência. Em 1963, A Federação da Malásia, independente, juntou-se à Commonwealth.

Em 1956, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser nacionalizou o Canal de Suez e levou a GB a planejar uma resposta. Os EUA impediram os britânicos ao ameaçarem vende todo o estoque de libras em seu poder – isso levaria a uma desvalorização trágica da moeda britânica. Após essa ameaça e a intervenção da ONU, a GB teve de aceitar a humilhante nacionalização do Canal.

No que se refere ao Oriente Médio, o ex-Império de sua Majestade ainda conseguiu sustentar intervenções em Omã, em 1957, na Jordânia, em 1958 e no Kuwait, em 1961.

Com a desvalorização da libra, em 1968, os britânicos tiveram de retirar suaS tropas do Oriente Médio. Também abandonaram bases na Malásia, Singapura e a leste do Canal de Suez. Os britânicos também abandonaram Aden, em 1967, Bahrain, em 1971, e Maldivas, em 1976.




Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro "The Rise and Fall of the British Empire"

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