A Cidade do Cabo, na África do
Sul, foi fundada por Jan van Riebeeck, comandante do assentamento colonial.
Inicialmente era uma estação de comidas e suprimentos para fornecimento aos
navios que transportavam mercadorias entre Holanda e Índias Orientais. Foi seu
administrador entre 1652 e 1662. Até então, Cidade do Cabo limitava-se ao Forte
da Boa Esperança e a uma crescente comunidade de fazendeiros.
A administração seguinte, de
Zacharias Wagenaer, estabeleceu uma política de neutralidade em relação às
tribos nativas da região.
A Companhia holandesa das Índias
Orientais controlou a Cidade do Cabo, de 1652 a 1795. Neste ano, a colônia foi
oficialmente entregue à Grã Bretanha. Após o enfraquecimento decorrente de uma
guerra contra esta, o exército revolucionário francês invadiu a Holanda. Como
medida preventiva contra a expansão holandesa, a GB aproveitou para tomar
controle do Cabo. Em 1802, seu controle foi devolvido à Holanda.
Contudo, em 1806, a República
Batava, que até então exercia o controle da colônia, perdeu seu controle para
os britânicos, após derrota na Batalha de Blaauwberg.
Sir David Baird tomou controle da
Colônia da Cabo: 194.000 km quadrados e uma população de cerca de 60.000
pessoas. Seus moradores, conhecidos como Boers, tinham um histórico de
encontros violentos com os Xhosa, uma tribo nativa. Entre 1779 e 1803, houve
três guerras entre ambos.
Sob o governo britânico, houve a Quarta
Guerra Xhosa, em 1811, que durou um ano. Ao seu cabo, foi estabelecido um
assentamento britânico às margens do Rio Fish, e levantaram Grahamstone, uma instalação
militar.
Em 1818, houve uma guerra civil
entre os Ngqika Xhosa (uma clã real), e os Gcaleka Xhosa, um outro clã. Os
Ngqika tinha uma tratado de ajuda mútua com a Colônia do Cabo, que se viu
forçada a render forças e assim nasceu a Quinta Guerra Xhosa. Após um ataque
mal sucedido a Grahamstone, o chefe Xhosa foi capturado. O contra-ataque levou os
limites mais adiante e criou uma zona de amortecimento com os territórios
Xhosa.
De 1814 a 1826, os assentamentos
britânicos foram incentivados, como uma medida para aliviar o desemprego criado
com o fim das Guerras Napoleônicas. A colônia, até então holandesa, tornava-se
bilíngue. O lado Oriental, britânico e que abrigava Port Elizabeth, sede do
governo central, pouco a pouco ia de encontro ao lado ocidental, que abrigava a
tradicional Cidade do Cabo.
A partir de 1827, os colonos britânicos
passaram a iniciar mudanças legais que os opunham aos Boers, como: direitos de
igualdade racial, punições por abusos cometidos a escravos, e o próprio fim da
escravidão, em 1834. A maneira pela qual os Boers demonstraram sua total
discordância com as medidas dos colonos britânicos foi laçarem-se à longa marcha
para o norte.
Como resultado, em 1852, fundaram
a República do Transvaal. Em 1854, fundaram o Estado Livre de Orange. Ambas eram
repúblicas Boers.
A Sexta Guerra Xhosa ocorreu em
1834. Iniciada como um conflito por gado, levou ao assassinato de um chefe
Xhosa, a rebelião seguinte levou à morte de colonos. O contra-ataque de
britânicos e Boers terminou com a anexação de terras Xhosa com o nome de
Província Rainha Adelaide.
Essa última Guerra marcou o
início de uma aliança entre os colonos britânicos e os Fengu, tribo oprimida
pelos Xhosa.
Apesar dessas vitórias, mortes e
conflitos intermináveis, além da desconfiança com relação aos britânicos,
levaram mais Boers e se lançarem em trilhas em direção a terras ao norte.
Em 1837, om grupo de Boers esbarrou
com Dingane, o Rei dos Zulu. Todos os colonos morreram.
Desentendimentos decorrentes do
uso privado da terra, conforme o entendimento dos Boers, e do uso comunal da terra,
conforme a cultura Zulu, levaram a outro confronto, em 1838. Os Boers saíram-se
vitoriosos, fundaram a República Natalia em 1839, que foi anexada pelos
britânicos em 1843.
Após a Sétima Guerra Xhosa,
estvam esses totalmente subjugados, 1857. Havendo ainda a Oitava e a Nona
Guerras Xhosa, foi criado o estado independente Xhosa de Gcalekaland. Suas
terras eram agora Território Britânico.
Seguiram-se poucos anos de paz.
Em dezembro de 1880, iniciou-se a Primeira Guerra Boer. Durou até março de 1881
e envolveu o Reino Unido e os Boers da República da África do Sul (até então,
Transvaal). As Trekboers não eram cerradas porque permitiama expansão das
fronteiras da Colônia, pouco a pouco.
Até então, os Boers eram
totalmente independentes, porém a descoberta de diamantes em 1867, próximo ao
rio Vaal, atraiu colonos de todo o mundo. A Grã Bretanha anexou o Griqualand
Ocidental em 1870. Temendo ataques Zulus, os Boers não se apuseram. Porém,
1880, puderam voltar sua atenção aos britânicos e aproveitaram a cobrança de um
tributo contestado para declarar independência.
A vitória Boers representou a
primeira derrota britânica desde a Revolução Americana. Essa vitória resultou
em um armistício que permitiu aos Boers um governo autônomo, sob soberania
britânica.
Todavia, após a descoberta de
ouro na região do Transvaal, iniciou-se a Segunda Guerra Boer. Embora vitimada
por enormes perdas, os britânicos venceram e anexaram a região em 1902.
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