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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

GAROTOS QUE AMAVAM BEATLES E ROLLING STONES


Após os primeiros passos no tortuoso caminho das revoluções, os “baby boomers” mais radicais deram largada à revolução cultural.

Começou com o movimento Beatnik: escreviam numa linguagem livre, rejeitavam padrões preestabelecidos, usavam drogas como o LSD sem limites, praticavam todo tipo de experiência sexual sem as amarras morais usuais e eram contra o acumula material pregado pela geração dos pós-guerra.

Esse caminho seria continuado por seus sucessores: os hippies. Estes propunham uma refundação da sociedade em bases alternativas. Lá, apenas existiriam: paz, amor, LSD, misticismo oriental etc.

O local onde nasceu esse novo movimento foi a Califórnia – diferente dos beatniks, que surgiram em NY. Estado mais rico dos EUA, reunia universidades de ponta (fundações privadas sem fins lucrativos, mas que contam com financiamentos massivos do governo), clima quente (ao menos se comparada a Massachusets, lócus das demais universidades de ponta) e o multiculturalismo característico da região da Baía de San Francisco.     

Foi durante a Guerra do Vietnã que esses novos atores sociais exigiriam direitos às minorias, combatiam o autoritarismo, defendiam a liberdade de expressão. Quando, a partir de 1965, as convocações militares atingiram essa parcela da juventude, o caldo entornou. Nas palavras de Muhammad Ali: “nenhum vietcongue jamais me chamou de ‘nigger’”.

Em 1967, o lema de paz e amor conformou o notório Summer of Love. No parque Golden Gate, mais de 100 mil jovens fundaram uma sociedade de hippies, hare krishnas, zen-budistas e muito mais.

O musical Hair, que também estreou em 1967, procurava retratar aquela sociedade alternativa fundada sobre a San Francisco do Verão do Amor.


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “Luxúria: como ela mudou a história do mundo”



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