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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

SINHOZINHO DE ENGENHO – ASSIM NASCEU UMA ELITE...


O sinhozinho praticamente não sabia o que era viver sem escravos. Pouco após o nascimento entrava em cena a ama deleite: escrava responsável por amamentá-lo.

Deixando o berço, recebia logo um escravo, de mesmo sexo e idade: esse era seu brinquedinho e, claro, deveria servi-lo.

Chegada a adolescência, vinham os desejos sexuais – e o senhor, seu pai, queria que esse momento se desse o mais breve possível. Ainda por volta dos 10 anos se davam as primeiras copulações com outros garotos ou com animais domésticos. Depois, seguindo o exemplo paterno, passavam-se às escravas: poderia ser tanto sua ama de leite quanto outra escrava, muitas vezes previamente violentadas pelo senhor.

Nos ensinamento de Freyre: “O que sempre se apreciou foi o menino que cedo estivesse metido com raparigas. Raparigueiro. Femeeiro. Deflorador de mocinhas. E que não tardasse em emprenhar negras, aumentando o rebanho e o capital paternos.”

Isso ajuda a explicar algo?
  

Rubem L. de F. Auto


Fonte: livro “Luxúria: como ela mudou a história do mundo”

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