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sexta-feira, 30 de junho de 2017

COMO SURGEM OS MONSTROS – SEGUNDO O RAPPA


MONSTRO INVISÍVEL – O RAPPA

Monstro invisível que comanda a horda
Arrasando tudo o que é de praxe
Eu tô laje acima, no cerol que traz a vida pra baixo
Brilhante idéia de uma cabeça nervosa
Grafitando um outro muro de raiva
Eles já sabiam, mas deixaram a sina guiar a sorte

Um bandido, um assaltante, um trombadinha... Quando se tornam visíveis para a sociedade em geral?
Quando estão em gestação (nas lajes dos barracos em favelas, por exemplo), ou quando comandam sua hordas em ações que têm a sociedade como vítima (por exemplo, sendo o dono do muro grafitado com ódio)?
A sociedade se importa com a “vitimização” apenas quando ela é a vítima?  A sociedade já sabia onde a gestação iria terminar, mas preferiu “deixar a sina guiar a sorte”?

Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar

Onde ocorrerá a comunhão de histórias? Num assalto, no sinal mais próximo da sua casa?

Poço lado e sujo, cria do descaso
Alimentando folhas em branco e preto
Outra epidemia desanima quem convive com medo
Botões e atalhos amplificam a distância
E a preguiça de estar lado a lado veste a armadura
Esse é o poder solitário

Trágica infraestrutura urbana, que cria verdadeiras pocilgas batizadas de bairros. Esgoto a céu aberto, lixões clandestinos, rios poluídos... crias do descaso oficial.
Como dizia John Locke, nascemos folhas em branco, prontas para serem escritas. O ambiente em que vivemos influencia diretamente a história que será desenrolada. Folha tem cor? Se é branco ou negro, a folha se torna diferente?
Epidemias de dengue, cólera, febre amarela... os lixões que se tornaram muitas cidades poderiam oferecer algo diferente.
Botões e atalhos... ou seriam oportunidades e faltas de oportunidades? Enfim, coisas que aumentam as distâncias psicológicas, pois as geográficas são as mesmas.
A preguiça, ou o desânimo de se sentir parte de uma sociedade, cria facções e grupos que se enfrentam e se vêem como inimigos eternos.
O poder solitário que nunca deixa o poder do coletivo se manifestar.

Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comunga
Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar

Monstro invisível que comanda a horda
Arrasando tudo o que é de praxe
Eu tô laje acima, no cerol que trás a vida pra baixo
Brilhante idéia de uma cabeça nervosa
Grafitando um outro muro de raiva
Eles já sabiam, mas deixaram a sina guiar a sorte

Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar (2x)

Comungar, comungar, comungar, comungar, comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história, ela comungar
Vejo a minha história com a sua comungar
Vejo a história ela comungar

Comungar, comungar, comungar, comungar, ei (2x)

Monstro invisível arrasando tudo como é de praxe
Tudo como é de praxe, é de praxe
Eu tô laje acima e o cerol que traz a vida pra baixo, pra baixo, pra baixo, pra baixo



Rubem L. de F. Auto 

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