Cidade grega que viveu por séculos sob a sombra de suas
irmãs mais importantes, como Atenas ou Esparta, Tebas entrou para a história
após um feito inimaginável, quando pôs abaixo o poder de Esparta, na batalha de
Lêuctra.
Esse enfrentamento viu o exército de Esparta, em maior
número e exibindo sua fama de invencíveis, cair diante do reduzido exército
tebano. Mas havia um detalhe: o Bando, ou Batalhão Sagrado.
Tratava-se da tropa de elite tebana, conformada por 300
soldados, sendo, de fato 150 casais de soldados homossexuais. E o fato de serem
casais era plenamente explicável, conforme Plutarco: “Para homens da mesma
tribo ou família, há pouco valor de um pelo outro quando o perigo pressiona;
mas um batalhão cimentado pela amizade baseada no amor nunca se romperá e é
invencível; já que os amantes, avergonhados de não serem dignos à vista de seus
entes queridos e amados à vista de seus amantes, ansiosos, se lançam ao perigo
para o alívio de ambos”.
No local onde os soldados do Bando dizimaram soldados
espartanos, foi erguido um imenso monumento, coberto pelos escudos dos soldados
espartanos. Abaixo, uma inscrição dizia que foram derrotados pela força das lanças.
Por 37 anos, esses bravos guerreiros venceram todas as
batalhas em que se fizeram presentes. Sua derrota veio apenas após enfrentarem
o exército de Alexandre, o Grande. Note-se que Filipe, pai de Alexandre, esteve
capturado em Tebas, quando entrou em contato com as técnicas tebanas de guerra.
Rubem L. de F. Auto
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