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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

MATÉRIA, ANTIMATÉRIA E ENERGIA – INGREDIENTES PARA FAZER UM UNIVERSO


Partículas de nomes exóticos, como squarks, fostinos, gravityinos, glúons, bósons, múons, formam aquilo que é chamado coletivamente de antimatérias.

Elas podem nascer juntas, a partir de pura energia, e assim podem também desaparecer, ao juntarem suas massas e a converterem em energia (lembre-se, E = m.c2).

A descoberta das antimatérias começou em 1932, quando o físico norte-americano Carl David Anderson descobriu o antielétron, também chamado de pósitron. Desde então a criação de antimatérias tem sido um experimento freqüente nos laboratórios de todo o mundo.

Já a criação de átomos inteiros de antimatéria é algo recente, que remonta a 1996, quando Walter Orlert liderou seu grupo na criação de um átomo de anti-hidrogênio (antielétron + antipróton). O fato se deu no CERN, na Suíça.

De fato, a existência teórica dessa partícula foi predita pelo físico britânico Paul Dirac poucos anos antes.
O método é conhecido: criam-se entielétron e antiprótons, unem-nos e esperam que se combinem em novos átomos, à temperatura e densidade adequadas. O grande obstáculo a tais experimentos é que a antimatéria tem a característica inerente de se extinguir quando em contato com a matéria. Num mundo dominado por matérias, a vida da antimatéria é bastante exígua – os átomos de anti-hidrogênio sobreviveram por meros 40 nanossegundos.

As partículas subatômicas têm massa e carga elétrica mensuráveis. Com exceção da massa, as demais características das antimatérias são opostas à da matéria a que se relaciona. Um caso interessante é o dos nêutrons: como estas partículas não têm carga, poderia-se imaginar que também não tem antipartícula. Ledo engano, eles as têm: os antinêutrons, de carga zero e oposta à dos nêutrons. Mindblowing? Não. Os nêutrons são formados por três quarks de cargas: -1/3, -1/3 e +2/3. Os antinêutrons têm carga 1/3, 1/3 e -2/3. São ambos zerados energeticamente, mas de cargas opostas.

Se possuírem energia alta suficiente, os fótons dos raios gama podem se transformar em pares elétron-pósitron. Toda a enorme quantidade de energia intrínseca seria transformada em pequena massa, respeitando a equação E = m.c2.

Se matéria e antimatéria, ao colidirem, se aniquila, deveríamos nos preocupar com uma possível colisão entre galáxia e antigaláxia? Ou estrela x antiestrela? Até o momento parece que nosso Universo é dominado por matérias, não por antimatérias, o que reduz muito qualquer evidência nesse sentido.

Enfim, existe muita verdade por ser descoberta lá fora...  


Rubem L. de F. Auto

Fonte: livro “Origens: catorze bilhões de anos de evolução”    


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